“O seu Cristo é judeu, seu carro é japonês, sua pizza é italiana, sua democracia é grega, seu café é brasileiro, suas férias são turcas, seus números são arábicos, seu alfabeto é latino. Só o seu vizinho é estrangeiro.” (de um manifesto visto no muro de Berlim em 1994).
“A cidadania global é uma utopia?” foi o tema do nosso encontro anual da Federação Italiana das Irmãs de São José. Ele foi organizado pela Comissão de Justiça e Paz e aconteceu em Turim, em 15 de novembro de 2014, com mais ou menos cem participantes: Irmãs, colaboradores leigos e pessoas interessadas neste assunto. Havia também alguns estudantes de nossas escolas que fizeram muitas perguntas (“Que influência temos numa grande organização como a ONU?”) e expressaram as suas esperanças.
Na parte da manhã ouvimos Irmã Maria Grazia Caputo, representante, em Genebra, das Irmãs Salesianas. Ela falou sobre a sua paixão pela promoção e defesa dos direitos da pessoa, especialmente das crianças e adolescentes. Usando linguagem clara, de modo competente, ela nos introduziu na complexa organização dos escritórios da ONU em Genebra, Suíça, onde as decisões são tomadas para toda a população e trata dos assuntos dos direitos humanos em diferentes países.
Nesta “aldeia universal” onde estamos imersos, para que não nos deixemos envolver pela “globalização da indiferença” (como disse o Papa Francisco) devemos proclamar, através de nossas ações, que outro mundo é possível. Devemos nos engajar com audácia, responsabilidade e imaginação para “globalizar a comunhão”.
Na verdade, este dia intenso foi muito concreto. Irmãs Gabriella, Graziella e Nicoletta apresentaram a experiência que elas têm em Brentwood, NY, o que nos sensibilizou sobre o que está sendo feito para tantos de nossos irmãos e irmãs.
A Comissão reuniu informações sobre o trabalho apostólico e social que está sendo feito pelas Irmãs da Federação Italiana em relação a quatro temas: pobreza, mulheres, crianças e cuidado do planeta. Não descobrimos novas atividades ou experiências, mas imediatamente fomos capazes de perceber o amor providencial de Deus que dirige a história, desperta energias positivas, chama trabalhadores humildes para serem sinais de sua divina presença e cuidado com os sofredores.
O grupo reunido foi estimulado em seu desejo de renovar generosamente a opção pelo pobre e a defesa de seus direitos. Isto elas fizeram apesar das dificuldades das mudanças rápidas e da globalização que corre o risco de se tornar menos humana a menos que seja animada pelo amor.
O testemunho de alguns imigrantes e de um voluntário deu-nos uma visão sobre uma estrutura onde, graças a algumas Irmãs e muitos leigos, estamos caminhando para uma real integração entre irmãos e irmãs que são muito diferentes uns dos outros. Logo os voluntários receberão outros sites da prefeitura de Turim e todos os presentes foram convidados a ajudar a fornecê-los.